Prosseguir<br> o combate à privatização
Os trabalhadores da ENATUR reuniram-se em plenário na passada semana e reafirmaram a sua determinação em prosseguir o combate à anunciada privatização da empresa, que emprega cerca de mil e trezentos trabalhadores dispersos por 42 pousadas.
Os trabalhadores exigem que seja anulada a decisão de alienar 37 por cento da empresa a um grupo privado e querem ver salvaguardados os seus postos de trabalho, bem como os seus direitos.
Para os trabalhadores, o que a ENATUR precisa é «de uma melhor gestão, medidas estruturais, que o Estado assuma os custos da recuperação e preservação do património gerido» pela empresa e não da privatização. Até por que a ENATUR não está falida nem vive à custa dos contribuintes, afirma a nota da federação dos sindicatos do sector do turismo. Pelo contrário, é viável, tem recursos e «cumpre a sua missão ao serviço da economia, do turismo e do País». Para além dos mil e trezentos postos de trabalho, a federação alerta para o facto de a decisão do Governo pôr em causa o património histórico e cultural gerido pela ENATUR, pois muitas das pousadas estão instaladas em edifícios de inegável valor histórico. Caso o Governo não recue nesta sua intenção, os trabalhadores fizeram saber que intensificarão a luta.